terça-feira, 25 de maio de 2010

Maçons podem realmente ser Políticos?


A Maçonaria é uma sociedade cujas suas atividades são discretas na sociedade e sua ritualística mantida em segredo para a sociedade comum. Não obstante esta discrição, certamente com o advento da internet, muito do seu conteúdo passou a ser mais acessível e aberto ao público, porém, em sua essência, continua a mesma. O aprimoramento do homem.

Uma das qualidades que são aprimoradas nos maçons é o conceito do “Livre Pensador”, ou seja, há de ser aberto e tolerante a diversos tipos de idéias, respeitando-as e, da mesma forma, exercer sua liberdade em criar seus próprios conceitos, alcançando este preceito em diversos ramos da vida.

Eu ressalto esta qualidade nos maçons, pois esta característica de respeito e incentivo ao conceito de “Livre pensador” tornou-se bastante difundido, porém, nada impede de pessoas sem vínculo algum com esta sociedade também agirem desta forma.

É sabido também que diversas personalidades importantes de nossa história pertenceram à maçonaria e inegavelmente deram grandes contribuições, mas, no sistema político brasileiro há um contraponto no qual esse preceito encontra uma barreira. A Ideologia Partidária:

Aqui no Brasil, caso uma pessoa queira exercer qualquer cargo político, há de atender uma série de exigências, dentre elas filiar-se à um partido político e uma das regras recentemente consolidadas é de que o mandato não é do político eleito e sim do partido político.
Vem ai a grande questão.... como confrontar a liberdade de pensamento dos maçons, ou dos Livres Pensadores autônomos com a ideologia política partidária predominante???
Assim, como o mandato é do partido político, caso seu filiado não seguir suas orientações pode sofrer sanções, represálias, ou mesmo perder o seu mandato, pois não poderá sequer mudar de partido caso suas idéias não sejam coincidentes sob pena de ser acusado de infidelidade partidária, tema este já pacificado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Como se vê, a coalisão de pensamentos normalmente ditados pelos líderes partidários se vê amparado pelo próprio entendimento judicial, mas, o que é amparado pela legalidade nem sempre é moral...
Importantes projetos de lei estão parados há anos nas diversas casas legislativas e tenho certeza que maçons incrustrados na vida política infelizmente não conseguem fazer nada, ou pouco fizeram, pois outros interesses , diga-se, principalmente financeiros ou de poder, impedem que projetos importantes fiquem travados por conta da interesses partidários escusos...

Vota-se primeiramente o que é de interesse político para o partido e não o que interessa realmente à sociedade e daí vem a pergunta.... Maçons podem realmente ser políticos?
Fico imaginando a indignação de um maçom legítimo ante a contraposição ideológica nítida que se afronta para o bem da sociedade e sua convicção íntima de livre pensador, portanto:

FIDELIDADE PARTIDÁRIA: LEGAL
AFRONTA À LIBERDADE DE PENSAMENTO prevalecendo os interesses pessoais e político-partidários: IMORAL


Pode-se mudar isto criando regras mais claras e restritivas no tocante a importância dos projetos de lei e impedindo que determinados temas tranquem a pauta de votação, como acontece, por exemplo, com as Medidas Provisórias....

Nossos legisladores precisariam ser cobrados por maior produtividade e haver comissões ou órgãos que viessem a dar um chá de "simancol" para certos políticos que propõe projetos absurdos, inviáveis ou em causa própria....

Fala a verdade.... depois dizem que políticos são uma classe mal vista, mal interpretada, mas vê se há algo que preste sobre eles nos notíciários... Nem a TV Câmara e a TV Senado conseguem melhorar a imagem...Ah... me poupem!!!